2.20.2008

O que li hoje sobre...


...o candidato mais popular das Primárias nos EUA!

O João traz normalmente a Sábado para casa...que se torna num foco de leituras rápidas e semi-diagonais durante toda a semana, ou pelo menos até à chegada da nova revista!...

Hoje parei na secção Opinião do Nuno Rogeiro (politólogo)...
e percebi que, afinal, tinha uma ideia pouco acertada sobre Barack Obama:

Interessa compreender a amplitude, o significado e as consequências do projecto Obama.
O lema da sua campanha, projectado pelo filho de Bob Dylan, é muito simplesmente "claro que podemos" (Yes we can)
(...)
A verdade é que os ventos estão a mudar, no Partido Democrata e nos EUA.
Eis um candidato mestiço na pele, e nas propostas.
Em muitas das coisas que refere, sobre a necessidade de restaurar a justiça fiscal, a "economia real", a educação de qualidade, a salubridade de cidades e campos, parece "progressista".
Já releva do seu "tradicionalismo" a sua insistência numa política externa realista, poderosa mas não violenta, culta e informada, moral mas não arrogante, bem expressa no seu mais recente manifesto na revista Foreign Affairs.

Como se compreende ainda da autobiografia de procurta e identidade - o brilhante e intocável Dreams for My Father - é um fruto paradoxal do sonho americano.
A mãe de Obama, trabalhadora incansável por causas sociais e humanitárias, calcorreou mundo e expôs os filhos às aventuras e desgraças do "sistema internacional".
Obama, preto para os brancos e branco e branco para os pretos, subiu a pulso, tornou-se um óptimo aluno de Direito, presidente do boletim jurídico de Harvard, professor de Constitucionalismo.
Daí às "causas" foi um passo.

Negociante e mediador talentoso, homem íntegro e orador potente, Obama foge aos instantâneos (apesar do mediatismo) e captura a atenção dos jovens, dos desiludidos, dos que querem a revolução verdadeira e não o caos, ou a continuação, sob a forma Clinton.
(...)
Em suma, ouçam Obama.
Tem conteúdo, é sério e é uma caso sério, mesmo que não seja Presidente já.
Mas era bom que fosse.

in
Sábado nº 198 - 14 a 20 de Fevereiro de 2008
maulwurf@mail.telepac.pt

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